A Tranferencia II - Ensaio com os atores

Hoje 29 de Setembro realizei o ensaio com a Fernanda Heck. gosto do estilo dela se vestir. apenas conversamos sobre o personagem e o que o publico deve sentir em cada cena. Assim deixo  a atriz livre para criar o que deseja.  Entender o personagem nos seus detalhes. Debatemos sobre a importância de sentir o personagem (usar o hemisfério Direito ) e não criar lógicas psicologizantes e socializantes (hemisfério Direito). Aqui utilizo as novas pesquisas da neurociência especificamente da neuropsicológica sobre o funcionamento cerebral. Lembrando que o Hemisfério esquerdo é o da lógica, da razão e o Hemisfério direito da emoção, criatividade, da imagem. Assim dirigir atores deve ser pelo hemisfério direito, sentir a emoção e não vivenciá-la de modo lógico.

Como você dirige os seus atores? Usa o hemisfério direito ou esquerdo?  Cria lógica ou sente o que é feito e estimula o seu ator a sentir o que esta sendo realizado? Qual a lógica d a arte? Talvez seja não ter lógica.

Ensaio II - Pra Si Mesmo

 Ontem fizemos o ensaio de câmera com a Martha. é importante o ator ter a noção do equipamento. da Mise-en-scène. como neste curta a personagem principal quase não fala é importante que a atriz se sinta bem. em todo o momento do ensaio me preocupo se a atriz esta se sentindo bem. pois se ela se sente bem pode passar isso para o público ( Platão e o mundo das idéias) Trabalhar com bons atores ajuda muito. Martha experimentou e foi sentindo o que poderia fazer não apenas com o seu corpo,  mas com o olhar e  assim foi descobrindo a personagem. O nosso câmera e fotografo Rogério fez os teste e depois analisamos. È interessante escolher uma cena e fazer o teste de câmera. Alguns atores não gostam de se ver e deve ser respeitado. Cada ator tem uma maneira de ser dirigido e cada roteiro pede uma direção especifica, a única coisa que eu recomendo e não perder o foco no público, o que ele vai entender do que você esta tentando apresentar.

Ensaio - Pra si Mesmo

Como comentei este curta tem muito pouco dialogo, assim a direção de atores é mais delicada, pois devemos conversar com o ator sobre o que desejamos passar e deixar para ele o como vai fazer isso.  não há espaços para criar subjetividades interpretando o texto, mas devemos ter em mente o que o espectador pode interpretar com o olhar e a junção deste com o plano que esta sendo realizado e como o fundo contribui ou não para isso. Assim a narrativa cinematográfica fica completa.
Conversei bastante com a Marta para ela entender o que eu desejava que o público sentisse,  apenas isso. Pode parecer que não estou dirigindo a atriz, mas pelo contrario estou respeitando o espaço para ela criar. A cada cena passei a ela qual era a impressão que eu queria que o público tivesse ao assistir. Qual a emoção que o espectador deveria ter. Vamos pensar assim:
  Meio  - Canal - Receptor
 Roteiro - Ator -  Espectador
Nesta teoria clássica de comunicação repare que estou invertendo a forma tradicional  que é
  Meio    - Canal     - Receptor
  Ator -    Cinema/ TV - Espectador
Colocamos o ator como meio, está simples modificação contribui para algo importante na direção de atores. Se eu sei o que deseja passar (roteiro/ decupagem / interpretação) o receptor vai entender  o que quero que ele entenda, pois o roteiro já está fechado,  só falta trabalharmos com o canal, o ator. E no nosso caso o ator sabe qual o nosso público alvo, ou seja o receptor.
Então uso das representações sociais (do espectador) que é o  receptor para poder decodificar.
Parece difícil? Não é não.
A direção de atores vai usar os signos que o receptor entenda para fazer a comunicação que deseja. Assim o canal ator tem liberdade de poder explorar todo o subtexto que o roteiro apresenta.  Desde que entenda o seu público alvo, no nosso caso jovens entre 18 e 30 anos. Claro que outras pessoas podem e devem entender, mas devemos sempre nos preocupar com o público alvo.

Marta pensando nas caras e bocas da personagem

Nossos produtores Arthur e Monique, alias muito competentes. Obrigado. 

Joao Vitor e Ana Julia,  como a personagem principal não fala os atores em volta tem que ser bons para dar o entendimento da cena.

A Transferência

Bem então para comemorar escolhi um curta bem diferente dentro do repertorio da ERDFILMES. nos últimos 4 anos me dediquei a curtas  para a internet, uma linguagem simples e rápida. Agora como professor de cinema que voltar as origens quando eu fazia os curtas um pouco mais cabeça. Quem acompanha a ERDFILMES deve lembrar. Mas este é um roteiro de 2005 que adaptei a cidade de Pelotas e gosto muito dele posi tras uma menina ingenua que sera interpretada pela Fernanda Heck  e confesso
que ia desistir do curta, pois eu queria uma atriz com um olhar diferente, rosto diferente com uma beleza diferente e ar de menina e mulher ao mesmo tempo e a Fernanda conseguiu "entender" e ser este personagem.  A história é sobre uma menina que descobre que o desejo dos outros pode dar prazer a ela, porém nem todos descobrem qual o prazer que ela deseja...
Curioso? Então não perca o curta. Pois com certeza você também pode cair  na rede social, se apaixonar por uma adolescente linda e achar que vai ser fácil levá-la para cama, pois ela é ingênua. se já pensou nisso, veja o curta e tire suas conclusões.

                                                                   Fernanda Pensativa

Pra si Mesmo - Atores

 Galera estamos organizando dois curtas um chamado "Pra si Mesmo" que narra a história meio surreal. Desejamos "cutucar" você espectador no sentido de "o que você já fez só para os outros acharem que você é feliz?"  geralmente quando você termina um relacionamento os amigos o chamam para sair curtir a noite, porém se você fala que não pode ir ou não quer ir, cria a suspeita de que algo esta errado ou que você esta escondendo algo. Ou pior pensam que você esta deprimido, pois uma pessoa "normal" não pode curtir a solidão para que ela seja feliz a sociedade cobra que ela de alguma maneira saia se divirta. Quantas vezes, caro leitor, você já se viu nesta situação querendo curtir a sua solidão e foi obrigado a inventar historias para as pessoas deixarem  você feliz?  Nosso curta fala um pouco sobre isso, mas de modo surreal. 

A atriz convidada foi a Martha Grill  com que eu ja tinha vontade de ter trabalhado. e teremos o apoio dos atores
Sirlei, Ana Laura, Joao vitor, Hrina Renner, apresentando  Alice Buchweitz     e contamos com a  participaçao especial do meu amigo TECI, que eu gosto muito do trabalho dele.

Estamos ensaiando no momento. Depois comento como está sendo, ja que não há muito dialogo, jogamos com os olhares, assim a direçao de atores é diferente.